quarta-feira, 31 de julho de 2013

Querer nunca foi poder



Pois é, é isso mesmo
E não venha dizer que é ao contrário
Que irá cair coisas do céu
Ou que efeitos especiais enfeitarão seus sonhos
A vida é assim mesmo
E se ninguém fazer nada pra mudar
Continuará tudo na mesma
Então vamos além de querer
Vamos tentar
E enfim ter o poder
Pra ir atrás da fortuna
Sobretudo
Da sobriedade dessa luta
Querer nunca foi poder
E já que não é
Vou levar o lixo pra fora
Lembrar da festa da semana passada
Pois sempre será isso
Os dias do lixo pra fora
E as noites das festas que acabam
Que pena que acabam
Que pena que querer nunca foi poder

(Fim de férias, fim de farra)
...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Brinde



Bundas
E
Bocas
Excitações
E
Fatalidades
Moças e rapazes
Mulheres grandes
Caras ultrajantes
Calças Jeans
E
Sorrisos melosos
Sol quente
E
Corpo frio
Bandas de rock
E
Brandas de sorte
Viva o espetáculo nas calçadas
O sorriso que sai fácil mesmo sem piada


Texto de dois anos atrás, que sempre quis postar, eis aí a chance!
Brindemos...


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ida-de


Idade dos buracos na cara
Idade da tirana barba
Idade de se escutar os outros
Idade de se deixar levar pelos sonhos

A idade só avança
A idade se conquista
A idade se arranca
A idade dança em nossa pista

Nossa idade não diz tudo sobre a gente
Nossa idade reafirma que estamos no presente
Nossa idade diz que tudo é mero consciente
Nossa idade na verdade até mente

Mentir
Vir
Sentir
Ir

A ida da idade é a morte
Mas a vida é todo o tempo
Pra
Viver
Contar
Ter
E depois
Esquecer
...

Palavras de um ser que completou seus vinte e dois anos de idade na última semana, acho essa idade emblemática, mas enfim, viver é uma arte, uma graça!!!

domingo, 7 de julho de 2013

Medo do Tempo


Por vezes, às vezes e quase sempre vejo
Sinto uma espécie de temor em relação ao tempo
Nesse compasso de tudo envolvendo o andar extremo e rápido
Estamos no meio do ano, consequentemente, já é um marco
De falar que tudo andou rápido e que daqui pra frente mais intenso
O passo estará e sempre esteve desse modo, dessa maneira, ligeiro
E não há ser mais paciente do que ele para controlar
Interceder, perdoar, entender, valorizar, crer e alimentar
Tudo que há nesse espaço entre idas e voltas, restos e sobras
Do tempo
Tempo este tão sádico, esperto e mortal
Que dá um certo medo atemporal

!!!