terça-feira, 26 de maio de 2015

A vida é um trapézio



Mal sei dela, deve estar grande, a desgraçada a levou ainda quando estava dentro da barriga quando me deixou pra fugir com o circo que estava de passagem na cidade, se encantou com o trapezista, vê se pode?

Numa noite, o circo se apresentou, ela foi ver com as amigas e não voltou pra casa, eu não fui porque nunca gostei de circo, sempre achei uma palhaçada, antes fosse com o palhaço, antes fosse, foi mesmo com o trapezista que estava  lá no alto fazendo aquelas sandices, disseram que o cara pagou uma pipoca para ela na saída do espetáculo, uma pipoca no meio do caminho, que coisa...

A gente passa um bom tempo tentando conquistar uma mulher, faz de um tudo e daí, em menos de minutos, vem qualquer um que faz qualquer agrado, que joga qualquer conversa e te tira a mulher que gosta, esse mundo é ou não é injusto?
 Oh mundo injusto!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Bombas humanas



Uma hora
Você vai explodir
Como uma hora
Eu vou explodir também
São
e
Somos
Bombas humanas
Boom

Vai explodir
Explodiu
Boom

Bomba pra lá
Bomba pra cá
Viramos bombas

Nos personificamos em bombas
Por culpa dos outros soldados
Mas que eles morram
Boom!

terça-feira, 12 de maio de 2015

Tudo não mudou



Horas depois
As horas se passaram
Nada mudou
E mudaram as horas
Que passaram de novo
E de novo
Mais uma vez
Dessa vez
Mudou nada
Porque nada mudou
E o que se passou
Foi só essa hora
Em que não aconteceu nada
Nada
Mudou
E
Mudou
Nada
Qual é a graça?

terça-feira, 5 de maio de 2015

Mãe é Mãe



Maio
Mês de maio
Segundo domingo de maio
Domingo de dia das mães

Mas as mães só são mães nesta data?
Neste mês de maio?
Neste segundo domingo de maio?
Neste domingo de dia das mães?

Enquanto o comércio diz que sim
Eu digo que não
Na na ni na não
É não

As mães são mães sempre
E isso já é um bom presente
Todo dia do primeiro de janeiro
Ao último suspiro de dezembro

Do primeiro passo, da primeira fala
Do último respiro, da última palavra
E uma palavra define tudo:
Mãe!