Só ouço o barulho da lavagem das louças
Dos bocejos e das cenas da televisão
Depois de estúpidas poucas e boas
Que foram faladas por bocas sem perdão
Só ouço o som do silêncio
Um tom estranho e seco de um desamor
As palavras ficam por dentro
Com os humanos recheados de rancor
Só ouço o sabor de mágoas insolentes
Que magoam a casa aos quatro cantos
Comportamentos levianos e descrentes
Só ouço a buzina acidental e seus danos
Parem, parem, parem
Ah, que se danem
Ah, que se matem
Irei ouvir música
O som é melhor
É menos constrangedor!